Crescer dói!

Olha eu aqui de novo...rs' Depois de mais de um ano sem botar as caras, volto eu! É que com essa história de Facebook a gente fica meio viciado mesmo. A diferença é que aqui, nesse cantinho meu dentro desta nuvem louca chamada internet, eu posso escrever o que eu quiser, sem ter sobre mim olhares de julgamento. Pois bem, aqui vou eu. Muita coisa aconteceu e mudou desde a ultima vez que estive por aqui. Me apaixonei, desapaixonei, sofri, sorri, cresci, amadureci e aprendi muito com meus equivocos. Agora eu já sou uma jornalista de verdade! E isso me enche de orgulho... Fiz amigos e reafirmei amizades antigas de maneira que descobri quem eram os de verdade, os de vida. Sempre me via reclamando da falta de tempo e hoje me pego pensando no que fazer do tempo que me sobrou. Deixei de ser estagiária, conquistei um emprego de verdade. Deixei de ser estudante pra ser profissional e principalmente deixei de ser adolescente e me tornei uma adulta. Com todas as esquentações de cabeça inerentes à classe...rs De todas essas mudanças a que mais me doeu foi ter crescido. Existem mil delícias de ser gente grande. Sair pra onde quiser, comprar o que quiser, fazer tatuagem, pintar os cabelos... O problema desta maturidade é ver que as relações pessoais se tornam mais complexas. E é ai que se esconde o problema... Se esconde não, porque essas maluquices não fazem a mínima questão de se esconderem quando o assunto é coração... Quando a gente cresce a gente passa a ser cobrado como tal. E é muito difícil... Nos tempos em que eu era fã de Malhação, se apaixonar era legal. Era uma questão de status... Era novidade... Passados os anos comecei a entender que a parada é de veras complicado... Eu estou apaixonada. Confesso que o frio na barriga que ele me causa é uma coisa extraordinária... E não acho que não esteja sendo correspondida não... Muito pelo contrário, enxergo um medo da parte de de se jogar. E é ai que a adolescente aparece... Com o passar do tempo meu coração endureceu muito. Aprendeu a se defender em zonas perigosas e isso foi muito bom. Ao passo que criei uma muralha ao meu redor e esta me impedia de conhecer pessoas que poderiam ser o que eu esperava do amor. Mas não. Preferi me fechar... Até que o encontrei. E toda essa muralha caiu por terra quando me vi perdida no seu olhar... Quando me via tomada por completa euforia quando meu telefone tocava. Quando sentia minha barriga doer de tanto rir com ele. Quando meu coração sorria com o sorriso dele... A possibilidade de ter alguém tão parecido comigo me tonteou. E me fez querer correr contra o tempo para não perder essa chance. Não podia perder algo tão precioso... O envolvimento foi mútuo. Mas minha adolescente maluca estragou tudo... Quis cercar de cuidados, de carinho, de mimo, e o excesso de zelo me trouxa até aqui hoje. Na tentativa de segurar com força, acabei deixando escapar por entre os dedos o que estava ali, na palma da minha mão. Como um passarinho assustado ele bateu asas e voou. Precisava externar tudo o que está aqui dentro me martirizando, me culpando e mal dizendo... Senti raiva de mim. Logo eu, tão narcisista. Já pedi desculpas, já tentei me redimir. E agora eu estou esperando... E pra mim esta é a pior parte. Da ansiosa que eu sou, passo a quase psicopata. As dúvidas na minha cabeça parecem não ter fim. Um ciúme descomunal toma conta. Não sei o que fazer com a saudade... Tudo aconteceu muito rápido. Como uma montanha russa. Estávamos no alto, bem lá no alto. E quando me vi prestes a perde-lo, eu comecei a descer vertiginosamente... O que eu faço com as músicas que me lembram ele? Com a voz dele que ecoa no meu ouvido? Com a gargalhada que enchia tudo de cor e magia? Hoje me sobrou só as lembranças de momentos inesquecíveis. De beijos indescritíveis. De prazeres inexplorados e de sentimentos machucados... Tomara Deus que quando eu voltar aqui tudo já tenha se resolvido... Prometo com força que essa adolescente perturbada vai ficar lá trás, assistindo Malhação...